MANDARIM OU CHINÊS TRADICIONAL

*Prof. Dr. Félix Gerardo Ibarra Prieto.



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Quando os Estados Unidos começam a falar de nacionalismo e protecionismo, e os chineses em livre comércio e integração global, algo está mudando na ordem mundial. Acredito que não haja nada de errado nisso, apenas uma janela que mostra a mudança do eixo do Ocidente para o Oriente, assim como já aconteceu o contrário. Até o século XIX, o maior PIB do mundo estava na China, hoje está nos Estados Unidos e equivale a menos do 50% do que já representou algum dia a riqueza chinesa sozinha.

China ainda é um país pobre. Embora seja a segunda maior economia do mundo, detrás apenas dos Estados Unidos. Existem países com um PIB menor que o da China, mas são ricos: Canadá, Austrália, Suécia, Alemanha, etc. Qatar, por exemplo, tem a renda per capita mais alta do mundo, com mais de 100 mil dólares por ano, segue a lista com Luxemburgo, Singapura e Noruega. Inclusive Hong Kong (ex-colônia britânica, hoje, parte da China), se fosse independente, estaria na frente dos Estados Unidos nesse quesito. Taiwan idem. Este último, se fosse soberano, também estaria entre os mais ricos. Porém a China sempre defendeu a sua integridade a qualquer custo, ainda que nesses dois casos admitisse a concessão de “um país, dois sistemas”.

O exemplo acima demostra claramente que, se o povo chinês optar pelo livre comércio, em pouco tempo, será a maior potencia do mundo, não só economicamente, como também militar e politicamente. China já domina a África e hoje chegou à América. Faz grandes investimentos na Argentina e no Brasil. Enquanto Donald Trump se recolhe, Li Jimping sai às compras. Joseph Nye, professor de Harvard de relações internacionais, teoriza que o mundo atual vive um sistema Uni multipolar híbrido: uni, militarmente (EUA); multipolar economicamente (EUA, U.E e China) e híbrido (o estado nação não é mais o único ator no palco mundial, compartilha o protagonismo com as Empresas Transnacionais (ETNs), OI, OING e até com o terrorismo. O futuro pode ser diferente. A China pode ocupar o lugar dos Estados Unidos nesse cenário nos próximos 50 anos.

A língua e a cultura de um país, em evidência econômica e política, costuma acompanhar seus passos em paralelo. Foi assim com o espanhol, com o francês e hoje com o inglês. O mandarim ou chinês padrão e tradicional, língua oficial da China desde 1956, é falado por mais de 90% da população chinesa e já tem vários estudantes em países do Ocidente e, claro, no Brasil, aprendendo o idioma que também é uma das línguas oficiais das Nações Unidas.

Dentro dessa necessidade e da cooperação entre Brasil e China, a UEPA (universidade Estadual do Pará) assinou um convênio de cooperação com o Shandong Normal University da China, por meio do instituto Confúcio para a divulgação e aprendizagem da língua oficial chinesa no norte do Brasil, comprometendo-se inclusive a enviar dois professores e os materiais didáticos para essa finalidade, assim como receber os alunos dentro do instituto na China, bancando todas as suas despesas e estada. O acordo está em pleno funcionamento e foi assinado em agosto de 2015 pelo reitor Juarez Antônio Simões Quaresma e Tang Bo, da UEPA e Instituto Confúcio, respectivamente.

 Essa cooperação entre a Universidade Estadual e o Instituto Confúcio começa a dar frutos, porque forma também multiplicadores do idioma e da cultura chinesa para a sociedade que é a finalidade desses entendimentos. A sociedade recebe de volta os investimentos feitos por meio dos impostos, recebendo em troca a formação de novos valores e novas culturas. Quanto mais pessoas estudarem outras culturas, o mundo será mais pacífico e tolerante.  E é com essa a finalidade que o CASTILLA IDIOMAS, a partir de 2018, colocará também o MANDARIN OU CHINÊS PADRÃO entre seus serviços de ensino e aprendizagem à disposição de todos os paraenses. Parabéns para a UEPA, Instituto Confúcio e Castilla Idiomas. www.castilla.com.br

* Professor Titular de Relações Internacionais da Unama, professor de língua espanhola moderna do colégio Marista “Nossa Senhora de Nazaré” e diretor acadêmico do Castilla Idiomas. 

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